A vitimização da Sony mostra que principal responsável pelas vendas do PlayStation é o Call of Duty

Erro, não existe o grupo! Verifique sua sintaxe! (ID: 9)

Estou certo ou estou errado?

Nos últimos meses estamos vendo uma incrível “vitimização” da Sony em relação a aquisição da Activision Blizzard pelo Xbox, principalmente por conta de uma grande franquia.

Com as recentes declarações enviadas aos órgãos reguladores e até relatados por grandes sites da mídia, a Sony vem mostrando que o principal item que faz uma pessoa comprar um PlayStation é o Call of Duty, e não seus grandes exclusivos, como o God of War ou Horizon Forbidden West (não que esses jogos sejam ruins, muito pelo contrário).

Podemos ver em todas as suas declarações que as palavras mais citadas são “Call of Duty”, deixando de fora até mesmo palavras como “consumidor” e “competitividade“. Além de mostrar que o principal responsável pelas vendas do PlayStation seja a franquia da Activision, a Sony literalmente admitiu que não consegue fazer um concorrente de peso, por isso tanto esforço para bloquear a aquisição.

A Microsoft se ofereceu para continuar disponibilizando os jogos da Activision
no PlayStation apenas até 2027. Da mesma forma, comentários públicos apontaram que a Microsoft planeja oferecer Call of Duty no PlayStation apenas ‘enquanto isso fizer sentido’, o que é uma proposta bastante inadequada. Quando a SIE lançou a nova geração de seu console PlayStation, teremos perdido acesso ao Call of Duty e outros títulos da Activision, tornando-o extremamente vulnerável à mudança do consumidor e consequente degradação da sua competitividade. Até assumindo que a Sony tenha a capacidade e os recursos para desenvolver uma franquia para Call of Duty, levaria muitos, muitos anos e bilhões de dólares para crie um concorrente para o Call of Duty – e o exemplo do Battlefield da EA mostra que tais esforços seriam mais do que provavelmente infrutíferos.

Então se você ver aquele mesmo papinho furado de fanboy, o famoso “ah, o que vende PlayStation são seus exclusivos”, pode esquecer esse argumento, já que a vitimização da Sony está provando o contrário. Sim, os exclusivos da Sony podem sim influenciar na decisão de se comprar um PlayStation, mas vamos aos dados:

Como podemos ver, os jogos mais vendidos no PlayStation são da franquia Call of Duty, incluindo até mesmo títulos mais fracos, como o Call of Duty: Vanguard, o que mostra que grande parte da base do PlayStation está mais interessada nos FPS da Activision. É claro que ainda podemos ver alguns exclusivos, como o Spider-Man Miles Morales, mas o Call of Duty é bastante dominante.

Também não podemos esquecer nos vários acordos de publicidade e conteúdos exclusivos que são lançados nas versões de PlayStation do Call of Duty, o que deve gerar uma “boa nota” para a fabricante japonesa, além é claro de mostrar um pouco de hipocrisia em suas declarações, onde ela constantemente acusa a Microsoft de querer limitar a competitividade.

E sabe qual é o melhor de tudo? Mesmo com Phil Spencer dizendo (várias vezes) que não removerá o Call of Duty do PlayStation, além de alegar que “não faria sentido a aquisição da Activision Blizzard se a franquia fosse removida de sua ‘principal plataforma'”, a Sony vem fazendo de tudo para bloquear a aquisição, principalmente com a declaração de hoje. Confira:

A Transação ameaça o ecossistema de jogos em um momento crítico. Levaria uma franquia insubstituível, Call of Duty, fora de mãos independentes e combiná-lo com o sistema de jogos altamente bem-sucedido da Microsoft (Xbox), líder em serviço de assinatura (Game Pass), sistema operacional de PC dominante (Windows) e nuvem  (Azure). A única maneira de preservar a concorrência robusta e proteger os consumidores e desenvolvedores independentes é garantir que a Activision permaneça de propriedade independente e controlado.

Além disso, também podemos relembrar o grande “cutucão” que a Sony tomou do órgão regulador do Brasil, onde os reguladores brasileiros afirmaram que “defendem o interesse dos consumidores, e não de interesses das empresas”, além de comentar que todos os órgãos deveriam seguir essa mesma linha de pensamento.

É importante destacar que o objetivo central da atuação do CADE é a defesa da concorrência do consumidor brasileiro, e não a defesa de interesses particulares de concorrentes específicos.

Então Sony, vamos ser francos: o PlayStation só está vendendo bem por conta do Call of Duty, e infelizmente você não está sendo capaz de atrair um grande público com seus exclusivos. Além disso, vamos parar com todo esse drama, né? Tá ficando feio para uma empresa tão antiga e tradicional.

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