Divertido, mas ficou devendo! Gotham Knights: Gotham sobreviverá?

Desenvolvido pela Warner Bros Games Montreal e publicado Warner Bros Games, Gotham Knights nos traz uma gameplay interessante mas cai rápido na repetição, o nosso time virou um vigilante e o resultado dessa experiencia você confere agora.

História Gotham Knights: Gotham sobreviverá?

Quando o jogo foi anunciado gerou muitas dúvidas a respeito de como ele seria, já que a história principal gira em torno da morte do Batman e de como seus pupilos irão fazer para desvendar o que aconteceu e proteger Gotham.

O grande objetivo aqui é reunir Asa Noturna, Robin, Capuz Vermelho e Batgirl para não só ajudarem a desvendar o mistério da morte do Batman mas também continua protegendo Gotham, principalmente com a grande ameaça que chega com a Corte das Corujas.

Para reunir todas essas evidencias os heróis se reúnem do Campanário, que é uma espécie de Batcaverna, praticamente todas missões principais partem do QG, você entra lá conversa com a galera, desvenda uma nova situação e sai pela cidade de Gotham atrás do próximo objetivo.

Pelo grande foco da trama ser a Corte da Corujas eu imaginei que seria algo mais impactante e interessante mas acaba sendo algo bem clichê e nada de muito surreal, é algo legal mas que não oferece o que poderia realmente oferecer.

Jogabilidade 

A jogabilidade é dividida entre seu combate super interessante e  seu efeito repetitivo que acaba chegando muito rapidamente.

O combate em si é bem variado principalmente pelo fato de serem 4 personagens, cada um tem seu conjunto de habilidades, na hora que a pancadaria está quebrando por exemplo o Capuz Vermelho tem golpes mais lentos mas também que geram um impacto e dano muito maior que a Batgirl, ela já tem um combate bem mais ágil e com vários gadgets diferentes, até pelo que o nome já sugere ela tem o combate que dá mais o feeling de jogar um jogo do Batman.

No combate o que gera a variação é justamente o personagem que está sendo usado e suas habilidades disponíveis, mas de um modo geral é basicamente esquiva e ”esmagar botões” até encher a barrinha para usar os movimentos especiais.

Eu achei uma sacada muito boa deles de fazer o progresso do personagem meio que compartilhado na hora que sobe de nível, porque acabaria sendo muito chato você jogar com alguém e deixar ele no nível 10 por exemplo e quando fosse usar outro personagem ele estaria no nível 2, até mesmo porque isso obrigaria a alterar também os inimigos, porque eles acabam subindo de nível junto com os personagens, seria extremamente cansativo ficar fazendo grinding em 4 personagens.

Outra ótima sacada foi o fato de ter uma variedade gigantesca de armaduras e eles tem impacto direto no combate e nas mecânicas, pois algumas te oferecem mais resistência aos elementais e outras te dão uma espécie de boost no combate, eu mesmo me peguei utilizando um item que seria tecnicamente pior pelo seu nível mas como ele gerava danos elétricos eu acabei ficando com eles grande parte do jogo até conseguir criar um novo equipamento que gerava esse tipo dano.

Apesar de ter um progresso meio compartilhado, a árvore de habilidades funciona de uma maneira mais objetiva, então eu acabei tendo que escolher um personagem para dar um foco maior no restante da gameplay.

O jogo tem uma série sidequests espalhadas pelo mapa e algumas pequenas missões de apenas bater nos valentões e pegar os baús com os componentes que servem para criar novas armaduras e armas.

Eu joguei um pouco do cooperativo, mas confesso que se não tivesse também ninguém ia notar, até mesmo porque o jogo foi muito bem feito para ser jogado apenas como um single player, então o coop acaba sendo para aquela pessoa que tem objetivo de chamar um amigo para descer a porrada em todo mundo, pelo menos é um cooperativo que funciona bem não aquela coisa de transformar em um jogo como serviço pra ficar comprando roupinha.

Após umas 12 horas de gameplay eu comecei a achar tudo bem repetitivo, porque as missões de um modo geral acabam ficando vai ali mata todo mundo e resolve a missão, basicamente só acaba mudando um pouco o contexto.

Eu não vou mentir e falar que o jogo é chato, porque não é, ele é bem divertido e até perdi um pouco a noção do tempo as vezes, mesmo com esse efeito de que as missões parecem um espelho da outra é super legal ficar descendo a porrada em geral.

Gráfico e Som

Quando eu liguei o videogame e vi a primeira cutscene do jogo… eu já falei que o jogo estava bem bonito e tudo mais mas para por ali, a diferença da primeira cutscene para o restante do jogo é gritante, claramente é possível notar que não se parece um jogo feito para nova geração, o jogo não tem modo para performance e nem beleza gráfica o que é bem ruim quando falamos de nova geração.

Sem contar que o jogo tem uma infinidade de loadings o que acaba deixando bem chato, apesar de não serem longos, atualmente você espera que tudo funcione da maneira mais direta possível sem ficar cortando pra loading quando o personagem sai do QG para voltar pra cidade ou entrar em algum outro ambiente.

Apesar dessa ressalva, o mundo em si é muito bem construído e Gotham é muito bem representada, ela tem uma pegada bem mais colorida, eu estava habituado com aquela coisa bem obscura quase sem ”energia elétrica”, então querendo ou não causou um pouco de estranheza.

A dublagem como já é de costume nos jogos da Warner está muito bem feita, realmente parece que está assistindo uma produção cinematográfica, os diálogos tem uma variação de acordo com o personagem que está na cena no momento mas nada muito profundo, de um modo geral ela funciona muito bem.

Conclusão

Gotham Knights é um jogo que mata um pouco a saudade da franquia Arkham mas ao mesmo tempo faz a pessoa ter saudade da franquia, o jogo tem um combate bem satisfatório mas as missões acabam se tornando bem repetitivas, apesar de não ter gráficos absurdos o mundo é bem interessante, a história acaba sendo interessante mas nada de muito absurdo, na minha opinião é um jogo divertido para quem curte single player e jogos do Batman mas claro que poderia ser bem melhor, ele é um jogo que eu joguei e me diverti mas não vai ficar na memória.

Pontos Positivos

• Personagens com mecânicas variadas;
• Dublagem PT-BR;
• Combate divertido.

Pontos Negativos

• Se torna repetitivo rapidamente;
• Gráficos comuns.
• Falta de um modo performance/gráficos.

Gotham Knights já está disponível na Microsoft Store por R$349,99.

Gotham Knights: Gotham sobreviverá? | Central Xbox