Forza Motorsport – A análise da Central

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Já faz um bom tempo, mas me lembro até hoje da experiência quando tive a oportunidade de jogar Forza Motorsport pela primeira vez, no Xbox. O exclusivo de automobilismo é desenvolvido pela Turn 10, e foi originalmente lançado no primeiro XBOX em Maio de 2005. Porém foi só em 2008 que tive contato com a franquia, quando joguei Forza Motorsport 2 no Xbox 360, e claro, foi paixão a primeira vista.

Não é segredo pra ninguém, sou um grande entusiasta e fã de automobilismo, e além de já ter trabalhado na SRO – empresa detentora das categorias de competição de carros de turismo como GT3 e GT4 – já tive algumas oportunidades de dirigir alguns dos mais cobiçados bólidos do mundo em autódromos espalhados pelo Brasil.

Longe de ser um piloto (quem derá), essa paixão atualmente é abastecida principalmente pelos jogos de videogames. Já faz alguns anos que tenho me aventurado em simuladores de automobilismo como Assetto Corsa Competizione e Race Room, mas sempre que temos um lançamento de um novo título da franquia Forza Motorsport, meu batimento cardíaco aumenta.

Participei de campeonatos, fiz muitos amigos, dei muitas risadas … mas também, passei bastante nervoso em disputas que nem sempre terminaram do jeito que eu imaginava. Mas dentro de tudo isso, Forza deixou uma marca na minha vida, e é sobre isso que gostaria de comentar com vocês hoje.

18 anos depois do lançamento do primeiro título, a Turn 10 – estúdio exclusivo do XBOX e conhecida por explorar o hardware do console ao máximo para extrair resultados expressivos – dá ao mundo o seu mais novo e avançado jogo da franquia Forza Motorsport.

O título é um reboot da série, e marca um momento muito importante na história da franquia: a possibilidade de proporcionar não só aos fãs, mas novos jogadores, a melhor qualidade visual existente no mercado, além da melhor combinação técnica com relação a física e simulação.

Para quem já conhece o título, Forza sempre trouxe uma beleza extrema, porém, o jogo nunca apostou muito no realismo do automobilismo – o que chamamos de SimRacing, no caso, o jogo sempre se comportou como um SimCade, uma mistura bem básica entre simulação e arcade.

Tirando a grande beleza visual do jogo, seus circuitos e claro, os bólidos presentes, Forza nunca foi um título que me prendeu na questão da competição, ele supre muito bem a diversão, e possibilidade de se pilotar um carro sem exigir muito esforço, mas com o tempo, outros títulos foram chegando no mercado, apresentando exatamente essa condição e nivelando jogadores que queriam ‘uma coisinha a mais’ para os colocar num escalão completamente diferente do que o mercado oferecia. E foi ai que eu migrei para o PC para poder curtir melhor essa categoria, que é muito mais evoluída com os jogos de computador.

O problema é que nos consoles, jogos de automobilismo não são levados ao extremo, e talvez algumas das questões que pesem pra isso seja por se pilotar utilizando na maioria das vezes um controle, ou, pelo próprio console Xbox não oferecer um suporte digno para que empresas fabricantes de volantes (e periféricos) possam dar o suporte necessário para que você extraia o máximo do jogo, utilizando todos os recursos do seu equipamento.

Eu não estou dizendo que não é possível utilizar um controle para se pilotar, o fato é que quanto mais ‘realidade’, mais próximo a simulação você queira deixar o jogo, mais difícil será em se controlar o carro utilizando um controle, e por Forza ser um jogo que era – até então – dedicado aos consoles, acredito que a Turn 10 preferia manter o jogo mais fácil para ser controlado, comparado a colocar uma extremidade complexa para a maioria dos jogadores.

Mas Forza é Forza, ele permite que qualquer gamer, mesmo aquele que nunca teve contato com um jogo de automobilismo, possa explorar, jogar e curtir o momento com pouca ou nenhuma experiência. É aí que os jogos com temática de ‘arcade’ entram, pois quebram a burocracia de você ter que investir horas e horas e mais horas, para começar a entender como se comportar dentro de um carro de corrida.

Para jogadores iniciantes, ou que apenas queiram ligar o console, pegar um carrão lindo, ir pra pista e se divertir ao meio de outros, tenham certeza de que vocês estão de frente com o melhor jogo de automobilismo existente no mercado. Desde o momento em que você inicia sua primeira corrida, até o momento em que se vê lado a lado com outros competidores, você terá o melhor suporte possível se manter na pista, quase que sem correr o risco de se perder na grama (ou brita).

Para jogadores que querem explorar (ou exigem) um produto para competição e simulação, devemos dizer que Forza Motorsport está quase lá. Muito do que não era presente nos títulos anteriores foi incluído neste. Agora, como um produto para competição e simulação (minha área), na minha opinião, parece que não estão mirando em tornar o jogo um real simulador.

Não me entendam mal, nada disso vai tirar a credibilidade, luxo e beleza desse jogo, e como disse antes, qualquer pessoa, com qualquer nível de habilidade poderá explorar, usufruir e se divertir ao extremo com FM, mas precisamos passar aquela linha, onde se separa uma coisa da outra. O título traz sim as dezenas de opções de configurações para você deixar a corrida o mais próximo da realidade das pistas, e claro, se não quiser ter que ir tão a fundo, poderá deixar tudo mais fácil para não se frustrar com tantas questões.

Na visão automobilística, ter pit stop semi-animado, ausência de sistema de bandeiras e de Safety Car, coloca o jogo um passo para trás na questão simulação. Isso significa que tudo é mais fluído e automático, ao ponto de que qualquer problema na pista, ser resolvido automaticamente pelo sistema, e isso tira uma grande parte da experiência da corrida. 

É importante frisar que você não precisa competir profissionalmente para usufruir do que estou comentando acima. Vamos supor que você queira correr uma partida multiplayer, contra outras pessoas aleatórias, ou decida montar um lobby para correr com os amigos, todos esses detalhes contarão em desvantagem sob todos os competidores. Digo isso pois, como competição, estão te tirando algumas condições que poderiam te dar vantagens para vencer a corrida, e neste caso todo detalhe é válido.

Outras coisas que me deixaram um pouco ‘frustrado’ foram os extensos barulhos dos pneus nas curvas, o carro deslizar mais que manteiga, e um precário sistema de punição. A maioria dos items aqui, vem desde o primeiro Forza Motorsport, e não faz mais sentido. A ‘gritaria’ dos pneus em todo ponto Apex deveria ser revista. Barulho de derrapagem deve acontecer quando se perde o contato com asfalto, e não em qualquer curva em velocidade baixa. A mesma coisa vale para o excesso de derrapagem dos carros nas curvas, um movimento que deveria ser mais controlado, torna o carro muito mais complexo de se manter na pista caso você decida ir para uma pegada com maior simulação.

Com relação a punição, isso precisa melhorar bastante. A maioria das coisas que acontecem não faz sentido. Por exemplo, você sai brevemente da pista e toma uma punição, enquanto se colidir de forma agressiva com outro veículo, pode as vezes nem receber uma penalidade. Aqui mais uma vez mora a questão, pois se estiver correndo contra a IA não precisa se preocupar, porém, se estiver online, isso pode desmotivar o competidor. Antes que me crucifiquem, são apenas observações do jogo para aqueles que estão esperando FM como um novo e definitivo simulador de automobilismo, com foco no competitivo online.

Por fim, sim, o jogo está lindo, incrível, e com total certeza será uma grande porta de entrada para aqueles que queiram jogar de forma casual, porém, a Turn 10 ainda pode (e deve) trabalhar para trazer melhorias e correções após as primeiras semanas de lançamento do jogo, para satisfazer todos os jogadores espalhados ao redor do mundo.

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Leozera
Leozerahttps://centralxbox.com.br
Natural de São Paulo - BR, atualmente morando na Florida - USA, tem mais de 20 anos de experiência com Marketing, ama música, toca bateria e seu principal hobby são os games.
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