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Evil West: Matar vampiros nunca foi tão divertido!

O Velho Oeste já tem sua história nos videogames, com jogos como a franquia Red Dead e até o nostálgico Sunset Riders, para quem gostou dos jogos de Super Nintendo. Entretanto, tem mais um jogo que também vai deixar sua marca nessa temática, que talvez esteja em falta, se compararmos com todos os novo anúncios futuristas que vimos hoje em dia. Estamos falando de Evil West, publicado pela editora que ganhou muito destaque nesses últimos tempos, a Focus Entertainment.

Esse período histórico dos Estados Unidos é uma das épocas mais utilizados pela indústria do entretenimento. De duelos contra falastrões, até fugas excêntricas a cavalo marcam jornadas épicas no Oeste desértico que teve fim em meados da década de 10, onde vimos personagens com botas de couro e chapéu representados em animações, filmes e é claro, videogames.

Muita ação no Velho Oeste!

Ação é a palavra perfeita para descrever esse período, e pode ser ainda mais enfatizada quando falamos de Evil West, o novo jogo desenvolvido pela Flying Dog Studios.

Logo de início, já é possível perceber o principal foco dos desenvolvedores aqui: a ação e os vampiros. O combate é muito bem executado e conta com uma gama de golpes e armas bem rechonchuda, principalmente quando conseguimos integrar a nova tecnologia do Instituto Rentier nas manoplas do agente de campo Jesse Rentier, que banha seus ataques com eletricidade e aumenta o leque de como brincar com os inimigos.

Nele somos apresentados a um Velho Oeste corrompido por vampiros sanguinários e infectados, que levam a peste vampírica para todos os lugares dos Estados Unidos. Nos primeiros capítulos conhecemos o protagonista casca grossa Jesse Rentier, filho do diretor do Instituto Rentier, que basicamente é uma organização voltada para eliminar os parasitas de dentes afiados.

Jesse é um agente de campo, bota as mãos na massa e destrói qualquer criatura vampírica que vê pela frente. O agente é casca grossa mesmo e é muito determinado a fazer o que deve ser feito, apesar de ser frequentemente ser ‘parado’ pelo secretário de guerra dos EUA, e por seu pai.

O legal em Evil West é sua época que remonta o fim do século XIX e claro pela momento que o jogo passa, ocorrendo enquanto Abraham Lincoln ainda está na presidência.

É impossível evitar comparações com o filme Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros, para quem já viu, que representa teorias conspiratórias sobre o ex-Presidente se envolver com vampiros. Mas a ligação entre os Vampiros e o 16° Presidente dos Estados Unidos vai ficar para outro dia.

Em Evil West estamos presenciando uma verdadeira crise, os vampiros estão planejando começar uma verdadeira guerra contra os humanos enquanto se expande em todo o Velho Oeste do jogo.

Combatendo o mal em Evil West

Esse talvez seja o ponto mais alto de todos em Evil West, o seu combate. Talvez não pela sua complexidade, mas sim pela satisfação de destruir inimigos e dilacerar vampiros de forma fluída e frenética. O jogo também permite inventar combos que são extremamente satisfatórios de se utilizar.

Evil West | Central Xbox

Ao longo da jogatina o jogo oferece alguns itens e armas que podem ser usados para dizimar as pragas, além de é claro as famosas melhorias. São oferecidas dois tipos de melhorias: uma que você faz nas suas armas com moedas coletadas no Velho Oeste, enquanto as outras são destinadas a golpes e técnicas usadas por Jesse, que podem ser atualizadas com pontos de perícia adquiridos ao passar de nível.

Alguns dos itens e armas que citei mais acima não são tão bem explorados e na verdade você só se lembra deles quando o jogo exige que você os utilize para progredir na história. Porém, as outras são bem mais úteis e você vai se pegar utilizando sempre que elas estiverem disponíveis.

A variedade de inimigos é bem mista, não espere ver criaturas totalmente diferentes em cada capítulo, já que os monstros vistos nos primeiros capítulos da história no Oeste Selvagem podem ser vistos nos últimos também, claro, com a presença de figurões novos, mas nada muito profundo.

Falando em profundidade, apesar de passar por maus bocados, os sub-chefes ou inimigos simplesmente mais poderosos não tem muita complexidade sozinhos. Alguns deles possuem três ou quatro padrões, e não é muito difícil você descobrir quais são todos eles em alguns minutos os enfrentando. Mas a coisa fica feia quanto aparece dois ou mais deles para testar a mira de Jesse.

Por isso, a “falta de complexidade nem de longe significa que eles são fáceis, já que a Flying Dog Studios criou batalhas frenéticas onde Rentier tem que enfrentar diversos sub-chefes ao mesmo tempo.

Fora isso, os últimos deles vão ficar simplesmente infernais de se combater, e isso no modo normal de jogo. Claro que dificuldade é algo muito relativo, mas não espere que sua vida vai ser fácil aqui, já que alguns níveis podem se tornar um verdadeiro Bullet Hell.

Já contra os chefões as coisas são bem mais embaixo. Esses inimigos principais são esporádicos em Evil West e não marcam presença em todos os capítulos do jogo. Os chefes continuam mantendo três ou quatro padrões, entretanto, eles possuem fases conforme o jogador vai tirando a vitalidade deles aos poucos.

Você com certeza vai morrer muito tentando derrotar esse tipo de criatura vampírica até finalmente dar a sorte grande e passar de nível. São batalhas muito difíceis onde você deve usar todos os recursos necessários, além de decorar os padrões, que nem sempre é o suficiente para escapar dos ataques dos vampirões.

Evil West | Central Xbox

Estamos realmente em um Velho Oeste?

Com todo esse foco em ação e nos inimigos, acredito que Evil West pecou um pouco em sua ambientação. Na minha opinião não é só sobre colocar os personagens em um deserto, ou em um icônico “Saloon”, que já temos a ambientação perfeita para o Velho Oeste.

As interações com o mundo e com os outros personagens fazem parte desse período. Não temos um cuidado especial com nosso querido pé de pano, inclusive é uma das partes que poderiam ser melhor representada pelos desenvolvedores. Esqueça também os icônicos xerifes, lutas em trens ou até mesmo os famosos duelos cara-a-cara entre falastrões do Oeste norte-americano.

A história que envolve esse novo surto de criaturas e o Instituto Rentier é bem básica e às vezes monótona. A narrativa aqui claramente não foi o foco dos desenvolvedores, as decisões dos personagens e a interação entre eles quase não gera impacto nenhum, mas isso não é necessariamente ruim, visto que a ação é o prato principal de Evil West.

O cuidado com os detalhes e a interação entre os personagens e elementos do mundo é algo que senti falta para ser realmente imerso no Velho Oeste. É como se, qualquer lugar ou período que colocássemos no lugar do Velho Oeste não mudaria um fio em Evil West, e isso pode ser um problemão para alguns.

Essa falta de conversa entre os personagens, o jogador e a temática me causou um desapontamento. Você fica esperando mais e mais, e acaba que o jogo termina como começou.

Progressão em Evil West

Isso diz muito sobre a progressão, linearidade e repetição de Evil West. Me peguei perguntando algumas vezes se já havia passado por alguns cenários, já que muitos deles são parecidos, apesar de ter alguns destaques como uma área petrolífera ou uma montanha que toca as nuvens.

Já no quesito linearidade, Evil West é direto e objetivo, com poucos caminhos diferentes ou atalhos, aqui é basicamente seguir em uma linha reta e ser feliz. O jogo tem um pingo de exploração voltado para encontras moedas ou algumas atualizações que só podem ser encontradas em baús. Ou seja, o jogo de ação é bem claro em dizer que possuí uma linearidade fixa, sem espaços para mais exploração.

Já quanto a repetição, quanto mais você enfrenta hordas de vampiros, mais você sente que você já fez isso um milhão de vezes desde o início da jogatina. Isso muda um pouco de figura com a aproximação do final, já que enfrentamos inimigos poderosos que exigem uma nova forma de se jogar.

Conclusão

Evil West é no final das contas um jogo para se divertir, mais do que causar impacto com sua narrativa ou colocar os jogadores dentro do cenário do Oeste norte-americano. Se você gosta de tiro, porrada e bomba, talvez tenha uma grande experiência ao colocar as mãos no jogo da Flying Dog Studios.

Pontos Positivos

  • Ação divertida e satisfatória
  • Armas e melhorias que cumprem seus papéis
  • Chefões e sub-chefes difíceis
  • Lista de golpes bacanas

Pontos Negativos

  • Ambientação pouca explorada
  • Repetição tanto de cenários como dos níveis
  • História fraca
  • Exploração limitada e sem grandes recompensas, na maioria das vez

Evil West já está disponível na Xbox Store por R$299,95.