Pega essa Análise! The Blackout Club

Erro, não existe o grupo! Verifique sua sintaxe! (ID: 9)

Netflix é você?

The Blackout Club é um jogo de terror cooperativo em primeira pessoa da desenvolvedora Question e dos mesmos produtores de Bioshock, Bioshock Infinite e Dishonored, que coloca os jogadores para explorar uma pequena vizinhança cheia de coisas estranhas com moradores ainda mais estranhos.

Parece o enredo de alguma série da Netflix né? Mas é um game onde a tensão coletiva é parte importante de toda a diversão. O Universo explorou os cantos escuros dessa cidade e o resultado dessa experiência, você confere agora! Pega essa Análise! The Blackout Club

Apenas feche seus olhos

A história de The Blackout Club não é tão clara (parece que muitos jogos estão apostando nessa fórmula atualmente..), acordei sozinho em uma casa meio que sem saber o que fazer peguei o celular e comecei a andar pelos cômodos com a sensação que alguém (ou alguma coisa) estava me observando. Depois de algum tempo descobri o que deveria fazer através de dicas estranhas que só aparecem quando faço meu personagem fechar os olhos. Essa primeira parte, basicamente um longo prólogo, explica algumas mecânicas básicas do jogo e mostra um pouco da tensão que está por vir, o jogador começa a entender que alguma coisa muito estranha está acontecendo.

Depois de sair da casa, fui parar num lugar, que não sei explicar o que é direito. Parecia uma espécie de laboratório/fábrica sei lá, cheio de portas vermelhas com símbolos estranhos e pessoas bem esquisitas que parecem fazer parte de algum tipo de seita maluca de sonâmbulos. Seguindo o esquema de fechar os olhos para descobrir o que fazer, segui o caminho e as dicas até perceber que não deveria ser detectado pelos sujeitos esquisitos. É claro que meu personagem não é nenhum Solid Snake (aquele do Metal Gear), então fiz besteira e os caras me “viram”. Começou a correria desenfreada e meio que sem saber pra onde ir, fui pego.  Arrastado pelas pernas, o cara parecia querer me arrastar em direção a enigmática porta vermelha (onde sabe-se lá o que é feito lá dentro), como não tive coragem de descobrir o que aquela gente maluca queria fazer comigo, pude pegar um objeto no chão enquanto era arrastado e atacar meu captor tendo a chance de escapar novamente.

Muita correria e subidas depois, encontrei um gancho que deveria ser arremessado para cima, para subir por uma corda e finalmente sair por uma espécie de poço. Livre daquela gente doida pude caminhar tranquilamente por alguns poucos segundos e aí, pof! O jogo começa.

The Stranger Things!

The Blackout Club basicamente conta a história de um bando de crianças que formaram um pequeno grupo para sair e se aventurar a noite pela vizinhança, após acordarem em locais aleatórios. Parece que é mais ou menos assim, se não acordarmos, viramos esses estranhos sonâmbulos (Sleepers) e, se acordamos e conseguirmos escapar, somos as crianças que fazem parte de um grupo que tem a missão de desvendar o que acontece na vizinhança. Olha só! Poderia até ser uma série da Netflix!

Os inimigos sonâmbulos parecem ser seus vizinhos e, embora eles não consigam enxergar, existe uma forma estranha de visão que é mostrada a eles enquanto seus olhos estão fechados (a mesma coisa estranha que a gente usa). Esses “sonâmbulos” servem a uma entidade conhecida como “The Shape”. Assim como quase tudo que pode nos salvar no game, o ameaçador The Shape só pode ser “visto” com os olhos fechados.

A mecânica de The Blackout Club, é bem interessante, explorar o bairro é definido de forma aleatória, assim como a posição de itens e inimigos, a cada nova partida. Esse aspecto nos leva a explorar sempre tensos, uma vez que não sabemos exatamente o que vamos encontrar.

O número de objetivos que precisam ser alcançados antes de completar um nível é puramente baseado no nível do host (jogador que hospeda a partida). Em uma party contendo até 4 jogadores e cada nível pode ser completado de várias maneiras diferentes. Os jogadores também podem ganhar pontos extras encontrando várias pistas e gravando-as em seus smartphones.

A vizinhança porém, está cheia de Sleepers e, a cada vez que somos avistados pelos inimigos, estes vão nos perseguir até nos capturarem ou serem despistados. E pode acreditar, existem muitas possibilidades de ser pego no jogo. Se sair correndo pra lá e pra cá ou fazer muito barulho, irá atraí-los até você. Além disso, deve ter cuidado com drones e câmeras que entregam sua posição alertando os inimigos de nossa localização. Uma vez capturado, será possível escapar apertando o botão para pegar objetos brilhantes específicos que podem ser usados para atacar o captor fazendo-o soltar você por um breve instante, suficiente para fugir. Ao ser capturado acumula-se “pecado” e ao acumular pecado suficiente, The Shape será invocado! Aí amigos, a tensão vai a níveis nunca antes sentido em todo o game. The Shape vai ignorar completamente todos os outros companheiros e vai caçar exclusivamente o mais “pecador” da equipe. Ou seja, o game pune aquele integrante da equipe que mais vacilar durante as missões.

“A Forma” vai te pegar

Mas não acaba por aí não! The Shape passará casualmente do maior pecador para o próximo, caçando impiedosamente todos os quatro jogadores da equipe. Esse aspecto é impressionante pois aumenta incrivelmente a tensão ao trazer a entidade acidentalmente. Saber que você é o próximo da lista é quase pior do que ser perseguido toda hora. A parte mais incrível é a sensação de ter que perder tudo, locais, localização dos inimigos e itens importantes ao fechar os olhos para manter o foco em rastrear a ameaça. Ao fechar os olhos, a tela fica num tom vermelho escuro e tudo que temos nesse momento é o ruído e a silhueta da criatura em sua posição atual. Cremdeuspai! Apesar de todos os componentes aleatórios do game, uma coisa é certa. Em algum momento seremos pegos pela entidade. Quando isso acontece, você se transforma em outro Sleeper. Aí amigos, já era!

Toda missão tem um objetivo específico onde toda a equipe deve se empenhar. Chegar ao objetivo final de cada missão fica cada vez mais tenso à medida que o jogo avança. Isso faz com que os jogadores tenham a sensação de serem responsáveis uns pelos outros, pois as consecutivas falhas individuais podem comprometer toda a equipe. Correr atrás do objetivo, tentando não ser visto pelos Sleepers já é algo tenso. Imagine como tudo isso fica quando, além de tudo, temos uma entidade implacável caçando-nos um por um.

Existem outros inimigos interessantes no jogo e que também vão dar um trabalho do cão. O Lúcido é um Sleeper que consegue enxergar, portanto será preciso se manter no escuro e desligar a lanterna para não ser pego. O Stalker que é um personagem (controlado por um jogador!) que se infiltra na equipe fingindo ser parte do time para gravar onde estão os jogadores e reportar para o The Shape (mas que canalha!), a única maneira de se defender é sacar que o personagem é um inimigo e derrubá-lo.

Como dito anteriormente, pontos de habilidade são obtidos aumentando seu nível de experiência e pontos extras são obtidos concluindo objetivos secundários. Esses pontos podem ser gastos em um vagão de trem, que serve como uma espécie de base das crianças, onde é possível acessar sua árvore de habilidades bem como alterar a aparência de seu personagem, escolher armas e criar ou participar de partidas online, acessar uma porta específica para se tornar um Stalker e conferir o ranking de jogadores (e respirar aliviado entre uma missão e outra).

The Blackout Club tem uma ótima ambientação, apesar de não apresentar nada sobrenatural na questão gráfica ou efeitos sonoros. Infelizmente o game não tem legendas em português, o que vai deixar uma boa parte dos jogares sem saber exatamente o que está acontecendo e perdendo boa parte das inusitadas frases ameaçadoras dos inimigos.

Pontos Positivos

  • Experiência cooperativa incrível
  • Ambientação
  • Clima de tensão
  • Desafiador
  • The Shape

Pontos Negativos

  • Jogar sozinho é bem menos divertido
  • Sem legendas em português

The Blackout Club está disponível para Xbox One na Microsoft Store por R$ 112,45 (R$101,20 com desconto) e para PC/Windows na Steam por R$ 37,99

REVER GERAL
Nota do Autor
8
Leozera
Natural de São Paulo - BR, atualmente morando na Florida - USA, tem mais de 20 anos de experiência com Marketing, ama música, toca bateria e seu principal hobby são os games.
pega-essa-analise-the-blackout-clubThe Blackout Club com uma jogabilidade simples, boas doses de tensão e mecânicas inteligentes, é um jogo bem divertido, mas se jogado com a galera.  A grande sacada do game realmente é o modo cooperativo. Jogar sozinho é possível, mas tudo fica bem menos interessante. Recomendo pela experiência cooperativa. Ah! Os fãs de Stranger Things também vão curtir hein!