Desenvolvido pela MachineGames em parceria com a Bethesda, Indiana Jones e o Grande Círculo rapidamente conquistou seu espaço como uma das aventuras mais marcantes de 2024. O jogo base entregou exatamente aquilo que os fãs esperavam: ação, mistério e aquele clima de exploração que só Indy consegue oferecer. Agora, com a chegada da expansão ‘’A Ordem dos Gigantes’’, o estúdio nos leva direto para o coração de Roma, onde antigos segredos do Império escondem uma ameaça ainda maior.
E sim, a DLC traz de volta o que o jogo faz de melhor: quebra-cabeças criativos, exploração em cenários icônicos e uma narrativa envolvente que mistura história e mito de forma quase impecável. Mas nem tudo brilha como o ouro dos tesouros que Indy encontra pelas tumbas. A aventura, apesar de intensa, é relativamente curta, e algumas escolhas de design podem deixar a sensação de que havia espaço para mais.
Ainda assim, estar na pele de Indiana Jones continua sendo uma experiência única, daquelas que fazem qualquer fã sorrir só de ouvir o estalar do chicote. Mas a pergunta que fica é: será que A Ordem dos Gigantes consegue realmente se sustentar como um novo capítulo à altura do jogo base, ou é apenas uma boa, e breve, excursão pelas catacumbas de Roma?
Uma narrativa que te prende do início ao fim!!
A narrativa de A Ordem dos Gigantes é, sem dúvida, o ponto mais forte da expansão. Além de reencontrarmos toda a essência clássica de Indiana Jones, somos apresentados a novos personagens que dão ainda mais vida à jornada. O destaque vai para o Padre Ricci, um jovem sacerdote que pede ajuda a Indy para rastrear um antigo artefato romano, e que não está sozinho, já que seu “inseparável” papagaio Pio arranca sorrisos em momentos inesperados. É aquela pitada de leveza que contrasta com o tom sombrio da aventura.
A história se passa em Roma, explorando desde áreas externas belíssimas, como os jardins impecáveis do Vaticano ou as ruínas imponentes do Coliseu, até cenários mais claustrofóbicos, como esgotos, criptas e catacumbas esquecidas. Essa alternância ajuda a manter o ritmo, mas a verdade é que boa parte da DLC acontece debaixo da terra, o que pode gerar uma sensação de repetição em alguns momentos. Por outro lado, esse foco no subterrâneo reforça a atmosfera de mistério, trazendo à tona lendas e cultos ocultos que parecem estar sempre à espreita.
E que cultos, meus amigos! A ameaça do Imperador Nero, seus jogos cruéis e o enigmático Culto de Mitra se entrelaçam numa narrativa repleta de enigmas. Os puzzles, inspirados em artifícios de imperadores, não são apenas desafios de gameplay, eles funcionam como peças que conectam a trama, dando a sensação de que cada porta aberta e cada segredo revelado realmente fazem parte de um legado ancestral dos Nefilins.
Mas o que realmente prende o jogador aqui é o clima. A DLC consegue ser sinistra de um jeito muito envolvente, quase assustador em alguns trechos: sons estranhos ecoando pelas paredes, passos que parecem vir de trás, sussurros que se misturam à música de tensão. É aquele tipo de experiência que mexe com a curiosidade e o medo ao mesmo tempo, equilibrando perfeitamente o espírito de aventura de Indy com uma atmosfera quase de suspense.
A gameplay de A Ordem dos Gigantes segue fiel ao que já conhecemos no jogo base: movimentação ágil, exploração divertida e aquela sensação de ser Indy por um dia. Mas onde a DLC realmente brilha são os puzzles. Criativos, desafiadores e muito bem integrados à narrativa, eles vão te fazer coçar a cabeça algumas vezes, e quando finalmente desvendar cada enigma, aquela reação de “Ah, mas é claro que era isso!” se tornará espontânea. É uma sensação que raramente se encontra, e que reforça o quanto o design da expansão é cuidadoso e inteligente.
O combate, por outro lado, mantém a mesma estrutura do jogo original. Há algumas armas brancas novas, mas nada que realmente mude o ritmo ou surpreenda, o problema é que a repetição de inimigos e a facilidade dos confrontos é notório, algo que, honestamente, já era característico do título base. Ainda assim, a emoção dos puzzles e a tensão da exploração compensam essas pequenas falhas, mantendo o jogador engajado do começo ao fim.
Indiana Jones e o Grande Círculo: A Ordem dos Gigantes vale a pena?
No fim das contas, A Ordem dos Gigantes funciona como um capítulo à parte. É quase como uma missão secundária gigantesca: rica em detalhes, cheia de segredos e reviravoltas, mas que também aprofunda nossa compreensão da campanha principal.
Porém, como toda boa aventura, deixa aquele gostinho de quero mais, o que, convenhamos, é bom, e se houver outra DLC, com certeza eles terão minha atenção. A duração de 4 a 5 horas é curta demais para quem se envolveu na história, e a facilidade no combate pode decepcionar quem busca desafios constantes, mas os puzzles, a narrativa envolvente e a atmosfera incrível compensam cada minuto.
Para quem amou o jogo base, A Ordem dos Gigantes é praticamente obrigatória. E mesmo com seus pequenos defeitos, consegue reafirmar por que Indiana Jones continua sendo uma das experiências mais divertidas e inesquecíveis no mundo dos games.
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