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Terror a flor da pele!

O que você faria se descobrisse que, após passar por um verdadeiro inferno no primeiro game, atormentado por ser o culpado pela morte de sua pequena filha, você descobrisse que sua princesa ainda está viva e que você precisará enfrentar um novo pesadelo, encarando seus próprios medos para ter uma segunda chance de salvá-la? O que nós fizemos? Você confere agora na nossa análise. Análise: The Evil Within 2

The Evil Within 2 é um jogo no estilo survival horror produzido pela Tango Gameworks e publicado pela Bethesda Softworks lançado para Xbox One, Playstation 4 e Microsoft Windows.

História

The Evil Within 2 começa com protagonista Sebastian Castellanos sofrendo por ter perdido sua filha em um incêndio. Atormentado pela culpa, Castellanos se afunda cada vez mais, sozinho em um mundo onde não pode mais suportar tamanha dor.

Mas ele está sendo observado por uma linda mulher que se aproxima dele em um bar e revela que sua pequena filha Lilly está viva e que ele é o único capaz de salvá-la. Sem muitas opções, Castellanos, atordoado pela possibilidade de reencontrar sua filha, acompanha a agente Juli Kidman até um laboratório da MOBIUS.

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O que precisamos saber nesse momento é que a agente Juli Kidman (ou Kid para os mais chegados), era uma agente do MOBIUS e detetive júnior do Departamento de Polícia da cidade de Krimson, onde era parceira de Sebastian Castellanos e Joseph Oda.

Além disso, a agente “Kid” foi a principal protagonista das DLC´s The Assignment e The Consequence do primeiro jogo.  Não vou dar spoilers, mas essa é uma personagem pra vocês ficarem de olho durante o desenrolar do game.

the_evil_within_2_screenshot_20170812152855_6_original_1920x1080No laboratório Castellanos se encontra com O Administrador que aparece e conta ao protagonista todos os detalhes a respeito de Lily, que exerce algum tipo de poder sobre a máquina STEM, oferecendo a Sebastian a opção de entrar na máquina para salvar sua filha.

Mas calma aí. O Administrador foi o principal líder da MOBIUS e o membro mais alto da organização. Através do MOBIUS, ele forneceu recursos e recursos para experimentos no Beacon Mental Hospital.

É ele quem supervisiona o progresso da missão de Sebastian da sala de controle, acompanhando de perto a agente Kidman. Ele acredita que o poder da máquina STEM pode mudar o mundo sob o controle de sua organização sombria. Ou seja, ele não é flor que se cheire.

Mas Castellanos, mesmo desconfiado de tudo, entra na máquina, movido pelo desejo de finalmente poder salvar sua filha. O que não contava é sua filha está ligada a máquina e para conseguir salvá-la ele vai precisar entrar em Union, um mundo perigoso, cheio de inimigos grotescos e segredos.

Jogabilidade

The Evil Within 2 é jogado na perspectiva de terceira pessoa e, apesar de trazer muitos componentes do jogo anterior, leva o jogador a uma nova experiência. Agora o jogador, além de encarar novamente corredores claustrofóbicos desafiando a morte, também terá áreas mais amplas para explorar. E essa exploração faz toda a diferença no jogo, uma vez que ao encontrar agentes da MOBIUS mortos o jogador consegue itens e upgrades que ajudam (e muito) a tornar Castellanos mais eficiente em matar os esquisitos monstrengos do jogo.

Apesar de a jogabilidade ser um pouco “travada”, com algumas horas de jogo já dá pra se adaptar. O maior problema com relação a isso é que a sensação de progressão, nas primeiras horas de jogo,  não é muito satisfatória e muitas vezes explorar algumas áreas passa a ser um verdadeiro desafio já que a sensação é que não temos munição ou habilidades suficientes para lidar com certos inimigos.

Esse componente contribui para o clima de tensão trazendo sempre ao jogador um desafio a mais. Mas tudo isso muito provavelmente foi uma escolha da produtora para inserir no jogo exatamente essa sensação, fazendo com que o jogador tenha exatamente a preocupação de ter que se arriscar para ficar mais forte.

8323Castellanos conta com um comunicador que aponta a direção de lugares de interesse, missões secundárias e principais. Aonde ir fica a escolha do jogador, mas vale lembrar sempre da relação custo-benefício que expliquei no parágrafo anterior. Mas disse que existem muitos inimigos espalhados pelo mapa certo? Então vamos ao que interessa. Nosso arsenal.

Obviamente que, para enfrentar os perigos de uma cidade esquisita controlada por forças sinistras, será preciso um armamento de respeito. Escopeta, pistolas, metralhadora e uma besta com virotes silenciosos são algumas das opções para os jogadores mais “callofdutyzados” saírem tocando o terror pelas ruas de Union e sim, essas armas são muito eficientes desde que você consiga administrar sua munição e conseguir ter a certeza que não vai atrair uma multidão de inimigos com a barulhada que você vai aprontar.

Mas para aqueles jogadores mais “calmos” existe a opção estratégica de matar silenciosamente também. Para isso Castellanos tem uma bela faca que ele usa para perfurar o crânio (se é que podemos chamar aquilo de crânio) dos monstros distraídos e machados que podem eliminar certos inimigos instantâneamente.

Além disso, você pode fuçar lixeiras e destruir caixas de madeira para encontrar garrafas que podem ser usadas para distrair a atenção dos inimigos e tirá-los do caminho. Ás vezes dá certo e às vezes.. Bom.. Não vou estragar a experiência de vocês kkkk..

Existem também peças que podem ser coletadas para a criação de diversos tipos de munições e ervas (já vi isso em algum lugar..) para criar seringas de cura. Aqui sou obrigado a fazer um parêntese em relação a nossa barrinha de vida. Quem está acostumado a apanhar em um jogo e esperar um tempo para se recuperar vai sofrer por aqui. Além de ser muito fácil de morrer, pois os inimigos podem te matar com apenas algumas pancadas, encontrar itens de cura pode ser um problema e muito provavelmente você vai morrer bastante até se tocar que precisa sair para colher ervas. A sorte é que existem lugares específicos para salvar o jogo tomando um cafezinho quente.

Tudo bem, vamos tomar um fôlego. Castellanos pode simplesmente sair correndo dos inimigos também, mas seu fôlego é limitado por uma barrinha que simplesmente evapora em poucos segundos. Muita bebida alcóolica e pouco exercício? Esse Castellanos também não ajuda hein..

a_familiar_face_1507803730Mas acalmem-se apavorados amigos. Para todo problema existe uma solução! Ainda não falamos da árvore de habilidades. Castellanos pode acessar o Safe Heaven (que é uma área segura dentro do STEM) através de espelhos quebrados (?) que abrem um tipo de portal, indo parar em uma simulação de seu antigo escritório.

No escritório é possível assistir slides que são colecionáveis espalhados pelos cantos da Union, conferir sua estante com objetos colecionáveis que também estão escondidos pelo mapa, além de dar um upgrade nas suas armas eu uma mesinha à la The Last of Us e sentar em uma cadeira bem “confortável” para falar com Tatiana Gutierrez, uma enfermeira do Beacon Mental Hospital que consegue reverter o fluído verde e viscoso que Castellanos coleta dos inimigos mortos para liberar habilidades como aumento da barra de vida e fôlego, melhorar o vigor físico, diminuir o barulho ao se movimentar entre outras coisas. As habilidades são muitas e a enfermeira, apesar de sexy e gostar de conversar, cobra bem caro. Prepare-se para matar muito monstrengo ok.

Além de tudo isso, nesse ambiente também é possível usar chaves encontradas para abrir armários que contém itens como peças para a construção de munições, itens de cura, etc..

Desafio

The Evil Within 2 deixa bem claro que, não é correndo e atirando feito um maluco que o jogador vai fazer Castellanos salvar a filha. Nosso sofrido protagonista vai contar com uma variedade bem interessante de armas e munições, mas vale lembrar que, parte do desafio do jogo está em fazer cada tiro valer a pena, pois a munição é escassa e os inimigos, apesar de não serem muito variados, são implacáveis e alguns são bem fortes e vão exigir um bom grau de estratégia para serem derrotados.

A medida que o jogador progride adquirindo novas armas e habilidades, o leque de opções táticas para abordar cada situação aumenta deixando as coisas mais simples. The Evil Within 2 não é um jogo muito difícil mas exige bastante da estratégia do jogador para superar situações de perigo. O jogo alterna áreas lineares onde a única preocupação do jogador será escapar de uma aparição demoníaca ou uma maluca horrível com uma serra gigantesca com áreas abertas com inimigos que podem aparecer de surpresa. Isso faz com que o jogador possa explorar todos os tipos de habilidades que melhor lhe forem convenientes para cada situação.

A escassa munição é outro fator que vai martelar a cabeça do jogador várias e várias vezes durante o jogo e alguns inimigos vão exigir mais do que balas atravessando suas cabeças para serem destruídos, portanto optar por uma abordagem mais silenciosa sempre que possível acaba se tornando uma excelente estratégia.

Outro fator de destaque são as lutas contra os chefes. Nenhuma delas vai ser complicada desde que o jogador entenda qual estratégia deve ser usada. Alguns chefes serão memoráveis para aqueles que jogaram o primeiro game enquanto outros são esquisitos o suficiente para fazer o jogador só tenha vontade de sair correndo atirando.

pic-36140Existem inimigos memoráveis como um tal de Father Theodore mas um personagem que preciso destacar aqui é o doido do Stefano Valentini. Esse aqui é digno de ser internado em um lugar como Arkham Asylum. Originalmente um fotógrafo de guerra, Stefano perdeu o olho ao fotografar os horrores da guerra e a partir daí sua insanidade começou.

Um belo dia, ele fotografou o momento exato em que uma pessoa ficou destruída pela mesma explosão que tirou seu olho direito. Crescendo obcecado com a imagem capturada, ele começou a ver a “verdadeira beleza” apenas no momento exato da morte de alguém. Se considera um artista e agora compartilha sua arte com o mundo.

Infelizmente, Stefano não conseguiu compreender a reação das “massas ignorantes” quando ele começou a assassinar modelos de moda e mutilando seus cadáveres em nome da arte. Eventualmente, ele é levado pelo MOBIUS, que o fez passar por exames psicológicos declarando-o são, inconsciente do fato de que era uma artimanha. Eles o ligaram a STEM para fornecer mais personalidades artísticas à Union. Stefano considera a Union um refúgio onde ele pode realizar suas obras-primas de carne e osso sem interferências e críticas. Caramba!

Gráficos & Som

The Evil Within 2 não impressiona pelos gráficos e não trás nenhuma inovação nesse quesito, mas existem sequencias belíssimas como a luta contra o último chefe do jogo que tem um visual espetacular mesmo tendo uma ambientação bem legal. No geral, podemos dizer que em relação aos gráficos, já vimos games bem mais impressionantes por aí mas nem de longe o jogo tem um gráfico feio. Resumindo? Se me perguntarem sobre gráfico eu responderei com um belo OK. Texturas ok, iluminação ok e efeitos d explosões, névoa, etc também ok.

Quanto ao trabalho de sonorização também não impressiona e segue o mesmo padrão do que foi dito dos gráficos. As músicas passam bem o clima do jogo contribuindo de forma positiva na experiência como um todo mas não há muito o que destacar.

Veredito

O que interessa na verdade é, The Evil Within 2 é bom? Sim! O game consegue superar seu antecessor em vários aspectos e entregar uma boa experiência. Se perde em alguns momentos mas consegue se manter interessante mesmo que sua história não surpreenda.

Alguns personagens memoráveis, bom nível de dificuldade e uma boa jogabilidade fazer desse survival horror uma boa opção para quem curte o gênero. Minha dica é, se você curtiu o primeiro game, mergulhe de cabeça e se você não curtiu tanto assim, dê uma chance, pois The Evil Within 2 pode surpreender.

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The Evil Within 2 está disponível para Xbox One (otimizado para Xbox One X) por R$ 200,00, para Playstation 4 por R$ 199,90 e para Microsoft Windows na Steam por R$ 199,99.

Análise: The Evil Within 2

REVER GERAL
Jogabilidade
8.5
Gráficos e Som
8.0
Desafio
9.0
Diversão
8.5
Leozera
Natural de São Paulo - BR, atualmente morando na Florida - USA, tem mais de 20 anos de experiência com Marketing, ama música, toca bateria e seu principal hobby são os games.
analise-the-evil-within-2The Evil Within 2 conseguiu superar seu antecessor trazendo um bom desafio. Boa opção pra quem curte o gênero.