Aquela mudança de fórmula que diverte, só que falta mais!
A Ghost e a EA acabaram de lançar Need for Speed Payback, título que chega prometendo a retomada das rédeas numa das categorias mais bacanas dos videogames: Corridas! Mas será que isso aconteceu? Need for Speed Payback
O que dizer quando de um lado do ringue temos Forza Horizon 3 e Driveclub encabeçados como exclusivos, e chega um game híbrido para ambas plataformas? O que fazer? Vale a pena? O jogo é divertido? O Universo se aventurou no game e o resultado você confere agora.
FATO: Need for Speed criou uma legião de fãs do gênero! EU, EU MESMO, que aqui vos falo, comecei a apreciar essa beleza quando The Need for Speed foi lançado em 1994/95. Acreditem, jogar este game foi uma das coisas mais incríveis, gráficos de cair o queixo, os carros dos sonhos de qualquer criança.
Conforme os anos se passaram, os títulos lançados eram cada vez melhores um dos outros. Diferentes de sequência de filmes de cinema, onde o Segundo é pior que o primeiro, e o Terceiro seria melhor nem ter sido produzido (não generalizando), NEED FOR SPEED conseguiu ir na contra mão e trazer um mundo a parte para entusiastas do ARCADÃO.
Eu vou arriscar aqui que tivemos o AUGE da alegoria em 2003 e 2004 com Need For Speed Underground 1 & 2. Sim, esses dois títulos trouxeram uma nova ERA nas corridas clandestinas.
Arrisco mais uma vez que de 2004 até 2016 … a coisa deu uma degringolada, não? Só para fazermos um cálculo. Entre 2005 e 2016 foram lançados cerca de 10 títulos para consoles (desconsiderando smartphones), e desses 10 jogos lançados, podemos considerar que apenas 1 ou 2 trouxeram alegria? Talvez 3?
O que eu quero dizer é que se Need For Speed no decorrer dos anos trocou sua fórmula tantas vezes que começa a associar muita coisa diferente. Qual será aquela que definitivamente vai colocar o jogo na linha novamente? Claro que os jogos são legais, gostosos de jogar, mas num mercado tão acirrado, porque você compraria NFS sendo que temos Forza e Driveclub?
Não estamos aqui para comparar jogos, afinal, cada um trás aquilo que merece, e agrada a Gregos e Troianos. Porém vou quebrar minha regra (só um tikinho) e dizer que depois de jogar Forza Horizon 3, olhei para Need for Speed Payback e simplesmente não teve tanta-graça.
Então vamos lá: Depois do Rivals, Need for Speed foi reiniciado talvez numa clara situação de fazer exatamente o que comentei acima: Instaurar um novo começo e determinar o DNA da franquia para os próximos títulos. Não durou muito tempo até que Payback foi anunciado.
Durante os trailers e cinemática apresentados na E3 de 2017, pudemos ver que seu desenvolvedor acertou em cheio em trazer as tramas, personagens e toda ação dos títulos anteriores para o jogo. Foi sem sombra de dúvidas sensacional ver o trailer onde se participa de um assalto com um caminhão em movimento (Oi Velozes e Furiosos).
Porém, contudo, todavia, o que não ficou muito claro era toda a amarração e mecânica por trás disso tudo, e é aqui que o bicho pegou.
É VERDADE! A campanha foi criada com uma história de cinema. Talvez se o Filme de NFS tivesse sido embasado na mesma pegada, teria sido muito melhor, mas não estamos aqui pra fazer crítica de cinema… Desde os primeiros minutos de jogo, o game te convida a um passeio por uma história que te faz grudar no console.
Foi um dos poucos jogos que eu NÃO CORTAVA OS DIÁLOGOS. Incrível o trabalho por trás disso tudo, a trama, o objetivo de tudo. Porém ao pegar o carro me senti travado num modelo de jogabilidade que me deixou um pouco “zonzo”. Não é picuinha e nem mimimi contra o jogo não, é só … deixa pra lá …
Como Payback tem uma narrativa bem legal, não vamos dar Spoilers sobre a história, vamos deixar isso para você se aventurar. Mesmo que o jogo não passe no seu crivo, vale só por isso.
Logo de cara você pode escolher entre 3 veículos e nem precisa se preocupar nos desafios que vem pela frente, conforme for andando ter acesso a outras “naves”. Conforme evoluí você recebe 3 itens: Dinheiro (para gastar dentro do jogo), pontos de reputação e experiência além da novidade (que não agradou muito) as “SPEED CARDS” – vulgo – “Cartas Rápidas”.
O lance é assim: Payback removeu todo aquele lance de customizar o carro, comprar as peças, modificar motor e tudo aquilo que já havíamos nos acostumado e colocou umas cartinhas que simbolizam cada parte de seu veículo: Tem o Cabeçote, o Bloco, ECU, Turbo, Câmbio e Exaustão.
Quanto mais você vai evoluindo, mais vai precisar comprar as cartas para deixar o seu carro dentro do mesmo nível do campeonato que está disputando, e pode se preparar, você vai precisar ficar pulando de um campeonato para o outro para fazer dinheiro para conseguir comprar essas cartas, e depois melhorar seu carro para as corridas finais. Cansativo? Sim. Decepcionante? Talvez!
Caminhando um pouco mais no jogo, você terá que encarar desafios em todos os setores: corridas de rua, drift, off-road, arrancada e fuga! Prepare-se para ter uma garagem bem bacana. Por falar em Garagem, se você curte customizar seu carro, usar aquela pintura bacana combinada com uma série de adesivos, pode ficar tranquilo que isso foi mantido no jogo.
Uma coisa que eu não poderia deixar de falar são os objetivos paralelos:
Atividades, Colecionáveis e Abandonados
Coisas como passar no radar de velocidade numa determinada velocidade (Alô Forza Horizon 3, beijo me liga), Saltos em Distância e Destruir Placas de Publicidade estão entre as façanhas. Além disso temos moedas espalhadas pelo mapa bem como carros abandonados.
E diferente do Forza Horizon 3, você precisa fazer uma busca ‘BEM’ longa pelas diversas peças espalhadas por cantos diferentes do mapa. Recomendo destravar todos os postos de gasolina primeiro, para poder usar a viagem rápida.
A Campanha vai te arrastar por um bom tempo, eu mesmo ainda não terminei, mas não significa que não tenha jogado horas suficiente para vir aqui dar a cara a tapa.
É inevitável que os jogos atuais não consigam contagiar uma grande parte da população gamer no modo offline. Afinal, jogar campanha é bom, mas nada como ser desafiado, correndo contra um outro gamer.
Em Payback as corridas são divididas nos mesmos formatos: Corridas, Arrancadas etc. O lance é selecionar com inteligência antes de ir pro vamos ver. Como sempre, os truques de cortar caminho e administrar o Nitro continuam presentes no DNA da franquia, no mais, segue o jogo, nada de novo.
Ahh pra entrar no modo rankeado você precisará ter veículos mínimo nível 275. Então amiguinho, tenha bastante paciência para conseguir subir o nível dos seus carros. Por quê não podemos correr com qualquer carro e o servidor busca outros similares ao meu nível, já ouviram falar de Matchmaking?? Porra EA!
Mas afinal, qual nossa sincera opinião sobre Payback?
O que nos fez perder um pouco da paixão sobre Payback não está no modo Online ou na História, pois isso está muito bem representado, mas no DNA que Payback sugere. A franquia é sucesso, trouxe títulos de PESO ao mercado, porque não utilizar isso e manter?
Como o Universo já vem fazendo, nós paramos de analisar os jogos de uma maneira convencional e começamos a fazer uma crítica construtiva. Não significa que Payback seja uma “porcaria”, significa que parece que estão nos vendendo um produto que não condiz com sua história.
Esquece essa firula da apresentação da EA com gráficos cinematográficos e as perseguições com os carros, câmera lenta quando você destrói o carro da polícia e ele sai voando estilo MATRIX … isso é só FIRULA … isso é vídeo, isso é apenas pra prender o telespectador na cadeira.
Nós queremos um jogo que nos prenda no mundo Need For Speed como foi em Underground ou Most Wanted… Carbon… difícil fazer isso? Por quê remover itens que faziam sucesso, e incluir novos que não levam de nada a lugar nenhum??
Payback é um grande jogo, é como se tivessem lançado algo pela primeira vez, não condiz com a história da franquia e passa longe de acompanhar os principais títulos Arcade do mercado.
Need For Speed Payback já está disponível na Microsoft Store por R$146,30, na PSN por R$125,94 e no Origin por R$139,93.
Need for Speed Payback
