For Honor – Análise
For Honor chega ao consoles depois de aparecer pela primeira vez na E3 de 2015 causando um hype bem grande na comunidade gamer e trazendo consigo enormes dúvidas sobre como a produtora francesa Ubisoft faria para juntar Vikings, Samurais e Cavaleiros em um Hack’n Slash sem fazer com que tivéssemos uma enorme bomba rodando em nossos consoles.
Será que a Ubi conseguiu realmente fazer de For Honor uma obra prima ou mais uma vez vamos nos arrepender de termos gastado nosso suado dinheiro? O Universo analisou e você confere tudo logo abaixo:
A arte de não contar histórias (Campanha)
Desde a primeira vez que o game foi mostrado, todos se perguntaram como seria o enredo e de que forma a Ubisoft trabalharia para criar e gerenciar o elo entre facções tão distintas. E não é que de certa forma eles conseguiram criar algo bom?
A campanha está dividida em três três capítulos, cada um com seis missões direcionadas à cada uma das facções presentes no jogos com as estórias combinando-se entre si. E é nessa parte que estão os problemas do modo campanha de For Honor.
Por mais caprichoso que tenha sido todo o trabalho da Ubi para criar ótimos ambientes, batalhas extremamente empolgantes a história é extremamente genérica, fazendo com que o jogador não se sinta atraído com o que está sendo apresentado, pois existe uma utilização excessiva de personagens. Quando você começa a se sentir familiarizado, o game muda de rumo e os personagens principais são trocados, acabando com a imersão que o tipo de enredo necessita.
Infelizmente, podemos dizer que a campanha é bem rasa, com vários altos e baixos durante todo o percurso, e com certeza fará com que a maioria nem chegue a concluí-la. É fato que a Ubisoft poderia ter se esforçado mais e criado um enredo realmente digno da temática criada e apresentada para a franquia, mas ela se contentou com o básico necessário para entregar um modo campanha razoável, uma pena.
E a floresta, está bonita? (Gráficos)
A questão gráfica não é um problema em For Honor, temos aqui um trabalho muito competente feito pela equipe de design Ubisoft. Eles se preocuparam em trazer até os mínimos detalhes, tudo cuidadosamente trabalhado, sejam nas expressões dos personagens em meio às lutas, como o reflexo nas lâminas nas espadas. Tudo isso mantendo constantes 30FPS na versão de Xbox One, que foi a analisada por nossa equipe.
Com a espada e um controle na mão (Jogabilidade)
A jogabilidade de For Honor está muito ligada ao quanto você se dedica a aprender os controles e todas suas nuances. Como dissemos acima, a campanha não é um primor se formos falar de enredo, mas com certeza ela é importantíssima para inserir o jogador dentro do mundo criado para a franquia e serve como um grande tutorial de aprendizado.
Você tem a chance de conhecer os mapas e os atributos que estão espalhados por eles, que poderão ajudar muito em outras ocasiões. Embora você provavelmente comece apertando todos os botões aleatoriamente quando enfrentar outros novatos, os veteranos te comerão vivo dentro do jogo enquanto você não dominar um combate rápido.
Uma vez que você conseguir chegar nesse estágio, suas reações começarão a melhorar e você achará o combate divertido e estranhamento satisfatório, especialmente quando você cortar a cabeça de um oponente difícil. Por fim, a jogabilidade de For Honor não é ruim, mas a sua curva de aprendizado é longa e você só conseguirá aproveitá-la ao máximo se você se empenhar em dominá-la por completo.
A porradaria online, essa vale a pena! (Multiplayer)
Não podemos negar que o forte de For Honor é o seu multiplayer e, diferente do modo singleplayer temos aqui um trabalho muito bem feito, onde a Ubisoft nos brinda com três modos distintos: mata-mata, dominação e duelos e brawl.
Com estas opções a Ubisoft consegue transmitir a sensação de que as suas ações são realmente importantes e, portanto, todos esses modos de jogo são inseridos em um mapa maior para representar a posição das três facções no jogo.
Assim que escolhemos um lado e começamos a lutar pela vitória, a área que cobrimos – e o posicionamento dos próprios modos de jogo – mudam de acordo para refletir isso. As estatísticas mudam com o passar do tempo, com isso quando você continuar jogando no dia seguinte, as cores e o mapa que no qual você escolheu para jogar os modos dominação ou duelo irão mudar também.
Da mesma forma como a grande maioria de outros jogos online, o multiplayer de For Honor utiliza o formato de turnos por temporadas, com a produtora prometendo trazer para os seus jogadores mais modos de jogo conforme o passar do tempo. Percebemos que já existe uma seção de eventos que possuem uma cor acinzentada, que provavelmente será usada para convidar as pessoas de volta ao jogo quando o hype der aquela diminuída.
O que o Universo achou? (Conclusão)
Ao jogar você ficará deslumbrado com toda a qualidade gráfica e atenção dada pela Ubisoft aos mínimos detalhes, sem mencionar a fluidez natural das animações.No entanto For Honor peca em seus vários problemas de lançamento, como erros de conexão e diversos bugs que voltam a assombrar um lançamento da Ubisoft.
No fim, embora leve um tempo para aprender a jogar e a campanha só exista para fazer você aprender e decorar os controles o combate vale muito a pena. Não é o tipo de jogo que o Universo irá indicar para você comprar agora se você gosta de jogar somente o modo singleplayer dos jogos, mas, se você curte sair cortando cabeças em disputas online, For Honor com certeza é pra você!
Prós
- Gráficos de cair o queixo
- Enredo extremamente interessante
- O controle tem uma curva de aprendizado longa, mas é extremamente recompensador
- PvP sensacional
Contras
- Gameplay extremamente repetitivo cansa muito rápido
- A Ubisoft poderia ter trazido mais modos para o multiplayer desde o lançamento
- Diversos bugs no lançamento
For Honor já está disponível na Microsoft Store por R$199,00 e na Playstation Store por R$199,00.
